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sexta-feira, outubro 03, 2008

2 poemas para 1 desenho


I

É um mistério que você seja
motivo e remédio do meu sofrer.
Quando da minha festa, some.
Quando da minha perda, lá está.
Nenhuma paixão duraria
Sem uma promessa descumprida.

Você procura outra vida
nos dias em que eu transbordo.
Nenhum amor sobrevive
sem uma ponta de calúnia.
Você que é tão mais egoísta,
tão mais generosa.

Almas gêmeas o escambau,
torres gêmeas etcetra e tal.

Chame neurose, dialética, estupidez.
Mas me desequilibre, amor.
É preciso evitar a queda.

II

No hay tormento, ni espanto.
Eres solamente una estrada
Sin nubes, sin cielos,
Solamente una estrada.
Sin miedos, sin poderes,
Una estrada.

Sin carros, sin freos o velocidad.
Una estrada lilas.
O no. Cualquier color que te guste.

Sin memoria, sin destino.
Una estrada pronta. Basta olvida-la.

No sé que se pasa en su distancia.
Pero presumo, invento.
Su desnudez me cala, su suelo sin cactus,
charcos o lluvias.
Descubro que tengo pies
En el día en que estoy
prohibido de pisarte.

Y la luz.
Esta es de un silencio mortal.


(Desenho de Chuí realizado ao vivo
na Apresentação DOM DO CIÚME - SESC Sorocaba)