O Amor nos tempos do DD
Epígrafe de Batatinha
..
Amor
Não é questão de rima
É questão de sina
Acabar em dor
..
Bigatto
(hoje casado e feliz
com suas 7 filhas, aos 43 anos )
Naqueles tempos de colégio, não me lembro de ouvir a palavra amor nenhuma vez entre os integrantes do DD.
...
Parecia pra nós coisa do Phil Collins ou dos trocadilhos dos Engenheiros do Havaí.
Fizemos a canção-homenagem "A Metáfora Mortífera" a eles cujo refrão era "Nem tudo que reluz é ouro/ mas tudo que seduz é louro".
...
Depois de um cover dos Beatles que dizia "I´m so glad that she´s my little girl", Mamel disse, com seu forte sotaque de Mamel, que não tinha vontade de tocar aquilo novamente:
- Eu não estou tão feliz e muito menos tenho nenhuma little girl.
...
Amor era nosso tema fantasma ou fantasmagórico.
Tínhamos tanto pavor do amor que só falávamos de sexo.
Infantes selvagens pensando que pérolas eram pra jogar bolinha de gude.
...
Fazíamos canções em inglês sobre a dor de corno.
The fool era uma canção sobre o homem traído.
Girl era a canção de um homem com raiva de ter sido traído.
If you were mine era sobre um homem traído por uma mulher morta.
Pensávamos que ser um chifrudo rock'n'roll era mais bacana. Sofre, mas parece rir com o diabo.
...
Fazíamos canções em inglês sobre a dor de corno.
Tudo a ver, ninguém entendia mesmo o que era isso naquela época.
...
A frase do Bigatto é verídica.
- Meu epitáfio: Aqui jaz um homem que mais fez rir do que fez amor.
...
Ok, antes de sairmos do colégio, o Bigatto arranjou uma namorada.
Eu, por minha vez, fui a Tropical city. Mamel também foi.
Dissemos a todos que visitaríamos um museu.
...
No colégio, não me lembro de ouvir a palavra amor nenhuma vez entre os integrantes do DD. Ainda me pergunto onde o amor andaria nesta época.
Talvez estivesse escondido dentro de nossas acnes, pronto pra explodir e ser um rabisco no espelho.
...