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Que mentira seria descrever seus ombros.
Seus mapas, omoplatas, dobras de cócegas -
Paz e rubor.
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Que perda de tempo seria narrar o desenho doido
que trazem as tortuosidades da sua coluna cervical
às minhas digitais encabuladas.
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Tamanha falsidade seria então
traduzir suas margens
em teses de estética e anatomia.
Nada mais distante de você
do que uma tese.
.
Meias verdades, talvez,
não nego uma porção considerável delas,
mas todas justificadas:
um plano para seduzi-la
onde tudo em volta se resume
àquilo que não foi dito.
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É como poesia e carne.
Um verso
pedindo que me mostre o outro.
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(texto e desenho: Chuí)
9 comentários:
Oi Fernando...
Cara. adorei o texoto que você escreveu eim!!
E a imagem também, você é muito bom nos dois.
Da uma passada no meu blog tbm!!
abração!!!!!
Obrigado, Wii, vou passar lá, sim.
Abração,
Chuí
que lindo desenho!
bjs,
Débora Tavares
Fernando, o que me impressiona no poema é a inspiração´porque é dela que brotam as palavras exatas para dizer o que se vê e o que se imagina. Seu lirismo me comove. É sutil ao extremo. Tudo é muito bonito: o desenho e o poema. Como me diz uma amiga escritora "é para pensar infinitamente". Um beijo (de frente) Au.
Oi Chuí, estava com saudades. Beijo
querido Fernando
lindo o desenho,lindo o poema!
ainda estou viajando pelo mundo e sem computador...so internet point,de vez em quando
algumas exposiçoes que vi em Sidney,Barcelona,Roma,Paris,pensei em voce e na Marcia
beijos
Que passeio bom! Mas depois me diga quem você é, ok?
Beijos!
Mulher de costas
traz a conversa
e vice-versa.
Mulher de costas
merece o verso
e vide verso...
Meu caro, Chuí!
Saudações.
Demorei de aparecer aqui, mas sempre volto.
Como sempre, teu trabalho é digno de lausperene.
Sinto com todos os sentidos.
Grande abraço.
aparece lá no "Clube" também...
Germano
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