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terça-feira, fevereiro 03, 2009
O Universo
Lá vem essa gente de bem
inventando poder e lógica
do próprio equívoco.
E o universo conspira somente
a seu próprio favor.
E o que sobra do pensamento,
além do vento?
Academias, carreiras, igrejas,
ali é onde se acolhem;
aos milhares, bilhões, se esgotam.
Depois se movem aos poucos -
ocres, amarelos, verdes
de tanta voz que não têm -
não miram mais sua meta;
olham agora de lado,
qual assassino assustado.
E o que restou ao cinismo,
além do abismo?
E seus mitos, pesquisas e crimes
se realizam, se esquecem.
E como em Jack ou Descartes,
é como se dá:
em partes.
E o que se espera de tanta escrita,
além da tinta?
Os cientistas concordam
que o universo não respeita governos,
nem livros ou religiões.
Ele vem, explode, estaciona -
mesmo quando não se vê uma vaga.
Aqui se faz
- diz o tempo -,
e aqui mesmo se apaga.
(texto e desenho de Chuí - clique na imagem para ampliar)
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13 comentários:
Esplêndido, Fernando!
E num piscar de olhos, breve e superficial, quase parece que são os governos que não respeitam o universo...
Mas o universo é tão mais grandioso, não?
Por isso é que eu prefiro as coisas da alma às dos homens.
As coisas dos homens se apagam. As da alma permanecem, em versos e memórias!
Só não vamos entrar em detalhes spbre o sentido de "coisas", hehe!
Adoro esse espaço!
Beijooooo!
Gostei Fernando!
Abs,
Daniel
Oi Chuí, que lindo. Amei esse poema, principalmente porque não pede licença,
simplesmente acontece, chega, explode, estaciona mesmo quando não tem vaga.
Muito profundo. Parabéns. Saudades. Beijo
Yone
Sem dúvida:
"E o universo conspira somente
a seu próprio favor."
-
Obrigado por dividir sua arte!
Abraço,
Wladimir
Fernando no comando de uma real realidade universal
Que assola e maltrata,
Apenas em troca do que já sofreu...
Ele grita ! E explode !
Querido, é o que me passou esse belo poema...sem falar do desenho!
GENIAL ! Parabéns!!!
Rearranjo
(por pura graça)
os fins de seus versos:
E o que restou ao cinismo,
além da tinta?
E o que sobra do pensamento,
além do abismo?
E o que se espera de tanta escrita,
se aqui mesmo se apaga?
O que se faz, enfim,
além do vento?
Menezes
tu tá ficando inuportáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavel de tão bem que desenhas e
escreves
que inveeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeja
bjs ardentes
TO
Anônimo, obrigado pelo comentário tão efusivo! Depois me diga quem é você, ok?
Beijo,
Chuí
Fer, falam da internet, mas é por ela que vivemos a alegria de ler teus versos tão inspirados.
Não fosse, onde te encontrar? O Meneses coroa o poema com muita graça e rara inspiração. Beijo, Au.
Lindo, parabéns!
Olá, Fernando!
Estou ouvindo "uma outra ilha", no seu site. Quero muito ouvir o resto, depois te conto minhas impressões. Belo trabalho!
Beijos.
Olá, Maiara, obrigado pela visita e pelo elogio. Deixe e-mail para contato depois, ok?
Beijo do Chuí
Intrépido,ousado,teus poemas são mais do que um protesto, são filosofia com o pé no chão.
Teus desenhos, igualmente.
Parabéns, siga com este dom de fazer arte com as verdades.
Que bom que passei por aqui!
Muitos beijnhos.
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