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quinta-feira, setembro 28, 2006

A Canção sobre um Diálogo - I

(Nota introdutória: Há tempos venho ensaiando escrever, junto a meu velho amigo e parceiro, o poeta e compositor Danilo Monteiro, a respeito de um tema que ainda há muito mais tempo nós buscamos compreender: a canção popular e suas vertentes. Danilo Monteiro é autor do disco Lua de 50 centavos e do livro de poesias Hoje Outro Nome Tem a Chuva, faz mestrado na USP sobre a poesia de Roberto Piva, além de ser meu primeiro parceiro musical, nos idos de 1990. Aproveito minha incursão nesta onda blogueira para dar início a nosso diálogo, já convidando a todos os que quiserem participar desta travessia, músicos ou não, a quem o assunto intrigar...)
Danilo velho,
Percebi agora que o verbo que usei no início da nota acima veio bem a calhar, pois eis que a palavra ensaio encontra significados que podem servir ao início deste nosso registro reflexivo. Usa-se o termo ensaio para se nomear a apresentação de um assunto filosófico, científico, histórico ou de teoria literária, caracterizado pela visão de síntese e tratamento crítico do tema em questão.

Para os músicos, a palavra refere-se ao simples ato de se preparar a performance, solo ou em conjunto, para o sagrado momento do show.
Pensei no que diz o Luiz Tatit, que a canção é o produto de uma dicção. O que você acha que é isso?
Vislumbrei o ensaio que poderia surgir de nosso debate e já não sei se, na contagem final dos corpos, teríamos uma tese dissonante ou uma sintética canção.
E aí, cumpadre?
Abraço polifônico,
Chuí
(Imagem: Desenho de Fernando Chuí de 1999 em um velho caderno de partituras)

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